Falafel: o bolinho que atravessou séculos e todas as fronteiras

Mauro Brosso
June 28, 2025
5 min read

Origens

O falafel nasceu no Egito Antigo. Lá, ele leva o nome de “ta’amiya”, e nessa versão egípcia ele é sempre feito com favas moídas, ervas e especiarias.

Fora do Egito, esse bolinho se chama falafel. O ta’amiya era um alimento muito popular e acessível tanto para os mais ricos quanto para os mais pobres.

Uma das hipóteses que explicam sua origem e difusão é que os coptas egípcios, cristãos que seguem uma dieta sem carne durante a Quaresma, criaram esse prato como uma alternativa nutritiva e saborosa para essa época do ano.

Acredita-se que o prato se tornou muito popular em Alexandria, uma cidade portuária que facilitou sua disseminação para outras regiões do Oriente Médio.

Conforme o falafel se espalhou para o Levante, que inclui a Jordânia, Síria, Líbano e Palestina, a receita foi se alterando, mas não muito.

Nessas regiões, o grão-de-bico começou a substituir as favas ou ser misturado a elas, devido à sua disponibilidade e preferência local.

A Jordânia, como parte do Levante, absorveu e adaptou o falafel em sua culinária, onde ele se tornou um alimento de rua e um prato essencial, frequentemente servido com molho tahine e uma variedade de vegetais frescos.

Muitos apontam a Jordânia como local do melhor falafel do mundo!

Do Oriente Médio aos tempos atuais

O falafel migrou para o mundo todo, impulsionado pelas comunidades do Oriente Médio que se estabeleceram em outras partes do globo, especialmente na Europa e nos Estados Unidos.

Sua popularidade cresceu exponencialmente, transformando-o de um prato regional em um fenômeno global de fast-food e, ao mesmo tempo, comida saudável.

Esse status especial como um prato vegano, saudável e nutritivo se deve a vários fatores:

  • Base Vegetal: Feito principalmente de grão-de-bico (ou favas), o falafel é naturalmente plant-based, o que o torna uma excelente opção para vegetarianos e veganos, que buscam alternativas à carne.
  • Rico em Nutrientes: O grão-de-bico é uma fonte rica em proteínas vegetais, fibras (o que auxilia na saúde intestinal e na saciedade), e diversos minerais essenciais como manganês, magnésio e ferro, além de vitaminas do complexo B.
  • Versatilidade: O falafel pode ser consumido de diversas formas: em sanduíches de pão pita com saladas e molhos, como parte de um mezze, ou até mesmo como um hambúrguer vegetariano. Essa versatilidade o torna atraente para diferentes paladares e necessidades.
  • Percepção de Saudabilidade: Embora tradicionalmente frito, muitas receitas modernas de falafel (especialmente as caseiras) optam por assá-lo no forno, reduzindo o teor de gordura e tornando-o ainda mais saudável. A combinação com molhos à base de tahine (pasta de gergelim, rica em cálcio e gorduras saudáveis) e vegetais frescos aumenta seu valor nutricional.

A história do falafel é um testemunho de como um prato humilde pode transcender suas origens e se adaptar a diferentes culturas, tornando-se um alimento amado e valorizado em todo o mundo por seu sabor, sua história e seus benefícios à saúde.

Fica aqui o convite para você experimentar o falafel do Shuk!

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